quarta-feira, 18 de abril de 2012


Depois de 17 dias na India consigo ter calma e tranquilid
ade para escrever...
Passei por tanta coisa diferente por aqui, que hoje foi o primeiro dia que reservei a minha manha toda para escrever e partilhar um pouco da minha experiencia. E com muita humildade que escrevo sobre esse meu retorno a India! (desculpem os acentos e cedilhas mas os teclados aqui sao desconfigurados! )

Cheguei de madrugada no aeroporto e tinha um taxista me esperando que reservei previamente. Quando cheguei no aeroporto, senti o cheiro da India... Totalmente diferente dos outros lugares e aquilo me pareceu muito familiar. Sorri.



Mas essa sensacao durou pouco, pois ao entrar no taxi, com o motorista que nao falava uma palavra de ingles, ao me deparar com aquele transito CAOTICO, e quando digo em letras maiusculas, digo de verdade, aquela confusao, eu exausta de viajar...foi me batendo um certodesespero. Desisti de ir no banco da frente, pois era muita emocao para mim, e fui deitadinha no banco de tras, pos 5 horas, rezando, MUITO.

Nas duas primeiras semanas passei por momentos realmente dificeis. Queria ir embora, chorei e olhei por muito tempo o Ganges correndo, pedindo ajuda a todos os Deuses para tentar entender o que eu estava fazendo aqui e por que esse lugar tinha mexido comigo de uma forma negativ

a. Eu tinha uma memoria muito boa de Rishikesh, e estranhamente nao me senti bem. Fiquei doente, muito doente...certamente meu corpo criando defesas contra o lugar, mas tambem porque o ar esta muito poluido.

Pedi ajuda ao Andres, meu professor que me ensinou muito nessa vida, e tive uma conversa bem tranquila com a Sonia Novaes tambem, uma professora de Vedanta que mora aqui em Rishikesh, que me ajudaram muito. Certamente duas pessoas especiais. E quando a gente pensa que esta sozinha, sempre tem alguem para ajudar e oferecer uma palavra de carinho e que inspire confianca.

Paralelamente a tudo isso, nao me deixei abater e fiz muitas aulas de Yoga em lugares diferentes, pois era esse meu proposito inicial. E encontrei alguns professores bons e outros nem tanto. Mas como da primeira vez que vim a India nao fiz nenhuma aula de Yoga, era quase obrigatorio praticar aqui. Mas isso pretendo contar em outro post.

Voltando as minhas sensacoes, apos essas conversas inspiradoras, comecei a mudar meu padrao de pensamento. E cada vez esta mais claro que tudo, absolutamen
te tudo esta na nossa mente. A India pode ser um lugar sagrado ou nao, depende apenas do seu olhar! E ao ajustar esse pequeno botaozinho da minha mente, comecei a me entender mais e ver o porque desta minha reacao. Um super aprendizado.
Tive que lidar com meu lado infantil, com meus medos e minhas projecoes. E acho que qualquer processo de crescimento envolve perda, e envolve dor.

Comprei um livro do Swami Dayananda, que eu respeito muito, que se chama Freedom in Relationship. Ele coloca que se relacionar e inevitavel, com o mundo, com as pessoas e com nos mesmos, somos feitos de relacoes! E que para que a gente possa de fato aceitar e nos relacionar com liberdade com outra pessoa temos que primeiro descobrir e aceitar os cantos mais escuros da nossa mente.
E como ela tem cantos escuros...diria nem so cantos, mais quarteiroes inteiros!!!

Tem sido um aprendizado a cada dia, profissional, espiritual e pessoal.
Tem sido bom conversar com as pessoas no Brasil tambem, cada dia uma palavra de amor e incentivo novas.

Ainda tem muita coisa acontecendo, tenhos muitas coisas ainda para digerir, mas gracas a deus, ou todos os DEUSES daqui, eu aprecio a minha companhia! E me aceito e me perdoo por qualquer atitude mais ignorante do meu ego.

Logo mais escrevo mais.
Hare Om!!

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